quinta-feira, 1 de setembro de 2011

OAB responde crítica de Jobim e diz que anistia não significa amnésia

Atualidades

http://www.pmgnoticias.jex.com.br/materias/oab+responde+critica+de+jobim+e+diz+que+anistia+nao+significa+amnesia

Postagem exclusiva para 8a. A (História)



A pergunta do Giannotti



Edmilson Lopes Júnior
De Natal (RN)

Na última semana, um encontro promovido pelo Instituto Fernando Henrique reuniu antigos dirigentes da área econômica e intelectuais tucanos para diagnosticar os principais problemas econômicos do país e, se possível, apontar propostas substantivas para uma alternativa ao que vem sendo feito desde que o Lula tomou posse em 2003. O título do evento não poderia ser mais pomposo: "Transição incompleta e dilemas da (macro) economia brasileira".
Os "pais do Real", hoje aboletados nas direções de bancos e fundos de gestão, não trouxeram a esperada luz que iluminaria o escuro caminho da oposição. Com a notável exceção de Pérsio Arida, que apontou a necessidade de uma revisão das regras de gestão e de aplicação dos recursos dos fundos dos trabalhadores (FGTS e FAT), os demais pisaram sobre terreno por demais batido. Queriam mais do mesmo: redução dos gastos públicos. Houve até quem propusesse que abandonássemos a perseguição do modelo de estado de bem-estar (welfare state) europeu.
Nós, que jamais tivemos welfare-state de verdade, deveríamos abandonar a ilusão de realizá-lo. Essa proposição, em um encontro de intelectuais de um partido que carrega no nome o peso da definição socialdemocrata, é, por si só, reveladora. Se a democracia social europeia não deve nos orientar como modelo, para qual direção devemos mirar? Para a China, onde o milagre do crescimento econômico se faz à custa de uma força de trabalho submetida a regimes de trabalho semiescravo? Ou, quem sabe, para os EUA, onde, trinta anos de enxugamento dos gastos sociais e de acentuada concentração de rendas não livraram o país de uma crise que ameaça arrastar o resto do mundo?
O melhor relato do encontro tucano foi feito pela jornalista Maria Cristina Fernandes, colunista de política do jornal Valor Econômico. Segundo ela, após Pedro Malan ter afirmado, certamente com a candura e objetividade de sempre, que "os que tinham a Europa como modelo vão precisar rever os seus conceitos", o filósofo José Arthur Giannotti não conseguiu se conter e, dirigindo-se ao conjunto dos economistas, indagou: "Desde o último artigo que li de Gustavo Franco tive a impressão de que vocês descreem da impossibilidade de se prover o welfare state. Mas o que pretendem fazer com essa gente?".
Ao que parece, os emplumados economistas preferiram dar de ombros diante da pergunta do filósofo. Giannotti, como bom filósofo, resumiu em sua pergunta o dilema que devora parte do campo político brasileiro. Ora, se a oposição não sabe o que pretende fazer com "essa gente", por que diabos "essa gente" vai querer algo com essa oposição?
O que resta para essa oposição, já que não dá para nenhum político, em pleno domínio de suas faculdades mentais, sair por aí repicando as receitas de Pedro Malan e Gustavo Franco, é procurar casos de corrupção no Governo para denunciar. O moralismo, ao contrário do que muitos pensam, não é uma opção. É o que resta como discurso para uma oposição que, após oito anos, ainda não descobriu o que "fazer com essa gente".

Edmilson Lopes Júnior é professor de sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Guia da Reforma Ortográfica

Galera da dissertação, segue link da Reforma Ortográfica

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B3y2_KNIo-GiNTZlN2MzYTctYjU3NC00ZTkxLWI3MDctMGY4YTY0N2Y3ZmM0&hl=en_US

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Bem-Vindos ao Segundo Semestre 2011

  Agora os alunos das 6as Séries /7os Anos e também os das  7as Séries terão acesso ao Blog da Geografia, com textos, imagens, vídeos, exercícios e links importantes para a complementar os seus estudos. 
  Sejam bem-vindos e aproveitem bem esse recurso.

Prof. Claudinho


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vale a pena ver e conhecer!

  Dica cultural para o recesso!


Exposição de Vik Muniz 
"Relicário e Verso"
No Espaço ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo
SCN Quadra 3 Lote 5 (ao lado da concessionária Jorlan)


(61) 3327-2027
De terça a domingo, de 9h às 19h - Entrada franca


Crítica - Excelente!

Veja o que diz a reportagem.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cef 04 no Primeiro Simulado 2011

Veja a reportagem do Simulado 18/06/2011
 

Deixe seu comentário sobre o Simulado e o que devemos melhorar!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Esquerda ou Direita?

É bastante comum vermos as expressões Direita e Esquerda sendo usadas para designar grupos antagônicos em um jogo político. Mas o que vem a ser, de fato, cada um desses termos? Tudo começou na França do final do século XVIII. Seu sistema político era composto por três grupos, os chamados Estados Gerais: o clero, a nobreza e o terceiro estado, formado pelo “resto” da população (banqueiros, comerciantes, médicos, artesãos, etc.). O terceiro estado era o único que tinha a obrigação de pagar os impostos, além de terem inúmeras limitações, como o fato de não poderem ocupar cargos públicos, por exemplo. Foi assim, em razão da adoção de um modelo político injusto e dos privilégios dados a uma pequena parte da população, que se iniciou a Revolução Francesa. 

O que originou os termos Direita e Esquerda foi o fato dos membros do terceiro estado sentarem à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza sentavam à direita. Foi assim que se originaram os conceitos: Direita é um grupo conservador e Esquerda é um de oposição.

De uma forma generalizada e superficial, os conservadores dão ênfase ao liberalismo econômico e na eficiência da economia, enquanto os esquerdistas possuem seu foco nos valores da igualdade e da solidariedade. O fato de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido, por exemplo, pode estar de um lado em um momento e de outro em outra instância, agindo conforme um jogo de interesses. Por isso, muitos consideram estas definições simplificadoras e enganosas, uma vez que os valores de cada grupo podem se tornar bastante contraditórios.

adaptado do site: http://www.mundoeducacao.com.br/politica/direita-esquerda.htm

Mais informações visite o link:

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mafalda para relaxar!


Mafalda foi uma tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina (Mafalda) preocupada com a Humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima popularidade na América Latina e Europa.


Características – uma menina de seis anos de idade, que odeia sopa e adora os Beatles e o desenho Pica-Pau. Ela se comporta como uma típica menina na sua idade, mas tem uma visão aguda da vida e vive questionando o mundo à sua volta, principalmente o contexto dos anos 60 em que se encontra. Tem uma visão mais humanista e aguçada do mundo em comparação com os outros personagens.

Ponto Formativo

Somente 8aASiga as orientações para sua auto-avaliação!


Link:


https://docs.google.com/document/d/1po_WIonBb75mM8k5JOthj5STGNZD65eEyGH-Z-uYirQ/edit?hl=en#



Sigo esperando sua resposta até 26/04/2011 - 23:00 H!

Resposta - Sudoku

https://docs.google.com/document/d/1PhBduluvJIfGOuMU1MUFmw8np2xVR0q8v3w1UCa1T0c/edit?hl=en&pli=1#

Verifique os seus acertos!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Brasília - 51 anos

Parabéns pelos seus 51 anos!




Vamos fazer a melhor educação do Brasil, vamos mostrar que somos capazes!
Deixe aqui o seu depoimento ou pensamento sobre Brasília
Mostre sua visão e o seu amor pela capital, que muitos tentam manchar!

domingo, 17 de abril de 2011

Dicas de estudos de especialistas em educação

Atenção: é preciso ter bom senso sobre a melhor forma de estudar. Você, com certeza, deverá se adaptar a mais eficiente delas para alcançar seus objetivos.

Prof. Claudinho
 Leia! 

É comum vermos os jovens estudantes tentando fugir de estudar em casa, mas é importante que eles tenham em mente a importância do estudo diário e não só na véspera da prova. O estudo em casa deve ser uma tarefa contínua, porque o conteúdo programático dessa fase da educação é muito extenso e por muitas vezes podem existir dificuldades de aprendizado ou de fixação e memorização. 

Para combater este mal, tantas vezes corriqueiro no dia-a-dia dos adolescentes, é preciso que eles façam a experiência de estudar diariamente por, pelo menos, um mês e verificar se o “sacrifício” compensa ou não. Com empenho vai ser fácil perceber o quanto estudar será fácil, as aulas se tornarão mais interessantes e as provas serão feitas como se fossem exercícios da tarefa de casa. 



Como começar

Primeiramente, coloque como meta o ato de não estudar só na véspera da prova e jamais utilizar o período da madrugada para estudar. Além de não haver concentração suficiente nesta hora, o aluno fica com sono e não presta atenção na aula do dia seguinte. O ideal é criar um programa de estudos que acompanhe as suas aulas no colégio. Por exemplo, se durante a manhã você tem aula de Português, História, Geografia e Ciências então reserve quatro horas do seu dia para revisar o conteúdo dado em sala de aula e resolver exercícios (a única forma de se treinar as disciplinas exatas é resolvendo exercícios). 


Mas, atenção! Quatro horas é um tempo suficiente para se dedicar ao estudo em casa (sem contar o tempo que fica na escola), mas se você precisar ficar um pouco mais de tempo para estudar para uma prova, por exemplo, não se esqueça de jamais ultrapassar cinco horas, sob pena de o seu esforço ser em vão. Afinal, o seu cérebro também precisa descansar e depois de certo tempo entra em sobrecarga e o conteúdo literalmente “se esparrama” da sua cabeça, não fica nada. Portanto, sem exageros! 


O estudo diário ajuda a prevenir os desesperos de véspera de prova, já que estudando só no último dia você vai adquirir dúvidas que não poderão ser sanadas pelo professor. Mas, se você está com o conteúdo em dia e resolver dar uma revisada um pouco antes da prova, cuidado! As informações lidas por você nesse período poderão criar falsas associações e destruir o trabalho de um mês inteiro! Nesse tempo o melhor é relaxar, manter uma respiração calma e esvaziar a mente para que o conteúdo pedido nas questões flua naturalmente. 


E lembre-se que além de estudar é preciso reservar um tempo para o lazer e para praticar exercícios, que ajuda a eliminar a tensão do cotidiano e prepara o corpo para aguentar mais uma maratona de estudo.

Por Marla Rodrigues

Equipe Brasil Escola

Segue conteúdo de prova na postagem anterior!

Conteúdo de Prova

Unidade 1

·    Conceitos-chaves da Geografia:
 Estado, Território, Estado–Nação, País e Povo;
Exemplos de povos sem reconhecimento internacional;
·    As grandes guerras e a Guerra Fria;
·    O imperialismo europeu – motivos e conseqüências;
·    A Primeira Guerra Mundial;
·    O Tratado de Versalhes
·    O expansionismo territorial alemão;
·    A Segunda Guerra Mundial;
·    A Guerra Fria – início e conseqüência;
·    A bipolaridade mundial;
·    Corrida armamentista e espacial;
·    OTAN, Pacto de Varsóvia, Plano Marshall e COMECON;
·    As duas ideologias – Capitalismo e Socialismo;
·    O Muro de Berlim – construção e derrubada;
·    Mikhail Gorbatchev – suas ações que provocaram o fim da URSS;

Unidade 2

·    Globalização e o seu significado;
·    As organizações mundiais;
·    Globalização e seus efeitos;
·    Os fluxos globais;
·    Globalização e o desemprego;
·    O papel das transnacionais;
·    A cultura do consumo;
·    Globalização e o meio ambiente;
·    A questão da água;
·    As queimadas;
·    Modelo econômico versus meio ambiente etc.

Mais!

Anotações no caderno;
Exercícios livro-texto;
Ficha de revisão;
Postagens do Blog;
Explicações em sala.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Palestinos

Adaptado para estudos.




No fim da Primeira Guerra, franceses e britânicos obtiveram apoio dos povos árabes contra os turco-otomanos. Entretanto, Reino Unido  e França já haviam acertado a partilha dessa região em um acordo secreto – o acordo Sykes-Pikot, pelo qual Síria e Líbano foram ocupados pelos franceses; Palestina, Iraque e Transjordânia (atual Jordânia), pelos ingleses.
Somente no período entre as guerras mundiais e após a Segunda Guerra se consolidou o processo de independência, e as fronteiras entre os países foram sendo delimitadas.
Esse processo, no entanto, não significou o fim dos conflitos. Pelo contrário, após a Segunda Guerra Mundial, eles continuaram a ocorrer em virtude principalmente da formação do Estado de Israel, dos fortes interesses das grandes potências pela região e das disputas internas pelo poder, que contribuíram para a deposição de governantes e alterações em regimes de governo.

domingo, 10 de abril de 2011

Tibete

Adaptado para estudos
Tibete

Em outubro de 1950, a Tibete foi ocupado par militares chineses, sob a pretexto de “libertar o país do imperialismo inglês". De lá para cá, mais de 1 milhão de tibetanos pereceram sob as armas chinesas e centenas de monastérios foram destruídos. Hoje, todos os 1,3 bilhão de chineses estão convencidos de que o Tibete sempre fez parte da Pátria Mãe. Para os tibetanos, sua nação possui uma história, um idioma e uma cultura próprios – é um país independente. Não deveria fazer parte da China. Entretanto, a possibilidade de um Tibete livre parece estar cada vez mais longe. [...] Nas últimas duas décadas, o domínio chinês tornou-se mais sutil: o controle alastra-se por causa da imposição de sua cultura e de uma grande transmigração. Segundo o Centro de Informação China-Tibete, 87%  dos 400 mil habitantes da província de Lhasa são de origem tibetana. [...]
Os chineses não devolverão facilmente esse tesouro a seus donos. É uma terra fértil, e o subsolo contém fortunas: cobre, zinco e ate urânio. As reservas de minério de ferro podem suprir até 20% da necessidade da China. Hoje, o que a China oferece – é o maior mercado consumidor potencial e o produtor mais barato de bens de consumo – é vital para o capitalismo do século XXI. Ainda que não exista liberdade de expressão na China e no Tibete e que os direitos humanos sejam violados constantemente, o mundo parece se calar.

Revista Época. São Paulo: Globo, n. 504, 11 jan. 2008.


Obs.: No Tibete existe um líder espiritual, o Dalai Lama, que também é considerado um chefe de estado.



Leia mais no link!






Maiores dúvidas sobre a localização e história do Tibete, acesse o link abaixo. 


sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Conferência de Berlim - Comentário

Para dar caráter legal e regulamentar à partilha da África, os países colonialistas europeus convocaram a Conferência de Berlim, em 1884. Nessa conferência, os representantes de reis e imperadores de países europeus decidiram vários de seus interesses como, por exemplo, que as novas ocupações, conquistas e posses de territórios no litoral africano fossem consideradas efetivas e reconhecidas pelos demais países. E que nas conquistas territoriais deveria ser instalada uma autoridade do país conquistador, e os demais países deveriam respeitar os direitos adquiridos pelos primeiros. Tudo isso feito à revelia, sem a concordância dos nativos. Sem dúvida, o conquistador europeu mostrava a arrogância e o desrespeito aos direitos dos povos.
Afinal, o que lhes interessava era o domínio econômico, enriquecimento, o lucro, a exploração dos recursos naturais. Quanto aos povos africanos, estes nem mesmo entravam em suas preocupações, tinham importância secundária, eram apenas importantes para servi-los como mão-de-obra e servil.

Plano Marshall e a OTAN

Em 1948 os Estados Unidos criaram o Plano Marshall, que consistia em fornecer empréstimos para que o Reino Unido, a Alemanha Ocidental, a França e a Itália pudessem recompor suas indústrias. Dessa maneira, poucos anos depois, os países da Europa ocidental, em particular a Alemanha Ocidental, destacavam-se novamente como potências econômicas mundiais.
Esse plano de ajuda teve como objetivo econômico o investimento de capital e tecnologia norte-americanos na Europa, o que aumentou os lucros dos Estados Unidos. Mas teve também claros objetivos políticos, dos quais o mais importante foi conter o avanço socialista no continente europeu e, portanto, fortalecer o capitalismo.
    Do ponto de vista militar, os Estado Unidos impuseram seus interesses com a criação  da Organização do Tratado do Atlântico Norte – (OTAN), em 1949. Essa organização – uma aliança militar firmada com França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Islândia, Espanha, Portugal, Noruega, Dinamarca e Canadá – teve e ainda tem como objetivos a defesa das instituições livres e a colaboração na resistência e na defesa mútua em caso de ataque por um país inimigo. Em 1952, Grécia e Turquia aderiram a essa organização militar e, em 1955, foi a vez da Alemanha Ocidental. Embora tenha sido fundada em Washington, a atual sede da OTAN localiza-se em Bruxelas, capital da Bélgica.

Adaptado para estudos


Fonte: Geografia Critica - J. William Vesentini – Vânia Vlach


Obs.: Hoje, a OTAN (Força Militar do Ocidente), reformulada após o fim da Guerra Fria, mostra força contra Muammar Gaddafi na Líbia. Veja o link!


http://noticias.uol.com.br/album/110321libiamilitar_album.jhtm#fotoNav=18

Pacto de Varsóvia

      A União Soviética fez uma aliança militar com os países do Leste europeu: o Pacto de Varsóvia, que foi o grande rival da OTAN. Sediado na capital da Polônia, o Pacto de Varsóvia permitia que as tropas soviéticas, estacionadas em vários pontos da Europa oriental, interviessem rapidamente sempre que os regimes comunistas se sentissem ameaçados. Com a crise do mundo socialista e da economia planificada, o Pacto de Varsóvia perdeu sua razão de ser e foi extinto em 1991.


Link!


http://www.infoescola.com/historia/pacto-de-varsovia/

Alô você!


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Chechênia

Adaptado para estudos

História
Por Voltaire Schilling
A Segunda Guerra da Chechênia



Cessada a Primeira Guerra da Chechênia pelo acordo de Khasavyurt, em 1996 (contaram-se 10 mil mortos e 500 mil deslocados), que previa a emancipação da região para cinco anos depois, uma outra logo eclodiu.
Os russos denunciaram que o governo checheno não conseguira controlar as gangues e o crime organizado, nem pusera freio às perseguições étnico-religiosas. A Segunda Guerra da Chechênia, iniciada em 1999, deu-se em resposta a uma série de explosões de edifícios inteiros na Rússia. Grupos de ação chechenos haviam dinamitado prédios de apartamentos matando quase 300 civis russos. Entrementes, outros atentados ocorriam, como a ocupação de um hospital russo que provocou a morte de 120 pessoas.
A resposta de Vladmir Putin, o novo governante russo, foi implacável. Grozny, a capital da Chechênia, foi alvo de bombardeios aéreos que a deixaram totalmente arrasada. E assim, russos e chechenos mergulharam numa guerra sem fim, numa rodada mortal, na qual cada ato agressivo de uma parte (a invasão de um teatro em Moscou, com mais de 150 mortos, ocorrida em 2003) em imediata resposta da outra parte (operações de bombardeamento sobre os refúgios montanheses dos chechenos).
A maior comoção internacional deu-se com a ocupação armada, entre os dias 2 e 4 de setembro de 2004, da Escola Municipal da pequena cidade de Beslam, na Ossétia do Norte (Estado vinculado à Federação Russa), por parte de um grupo de 25 a 32 guerrilheiros chechenos-ingushis, provavelmente orientados por Shamil Basayev. Depois de três dias de tensão, ocorreu um terrível desenlace: 330 civis, a maioria de crianças, foram mortos por explosões de bombas e tiros disparados pelos chechenos. Nos hospitais da região mais de 700 pessoas foram internadas com ferimentos variados. Um clamor de vingança sacudiu a Rússia.

O impasse da Rússia

Pelo fato do Cáucaso ter enorme importância econômica e estratégica para a Rússia - lá se encontram seus interesses petrolíferos e as linhas de defesa da sua fronteira meridional -, a solução para a guerra contra os chechenos está longe de ser encontrada.
Viu-se que, por uma série de fatores culturais, aquela república tornou-se um entreposto do crime organizado, do contrabando e da crescente intolerância étnico-religiosa. Com as centenas de mesquitas construídas por lá com dinheiro vindo das monarquias árabes do Golfe, avolumou-se também o ódio anti-cristão.
Além disso, é inaceitável para Moscou ter que recuar das margens do Cáspio para deixar os norte-americanos e seus inimigos fundamentalistas islâmicos afirmarem-se por lá. Justo no momento em que aumentaram a expectativas sobre as reservas petrolíferas do Cáspio, a Rússia vê-se fragilizada por um guerra sem-fim.
O enfraquecimento dela, por sua vez, provocou, além do levante dos chechenos, o afloramento de antigas paixões separatistas dos caucasianos, gerando uma série de pequenas guerras e graves enfrentamentos entre os povos que recém conseguiram sua independência (como é o caso da luta travada entre a Armênia e o Azerbaijão pelo controle do enclave da Nagorno-Karabagh; da Geórgia contra a província rebelde da Abkhasia; e da separação da Ossétia do Norte da do Sul).
Sem haver a mínima sombra de uma esperança de paz, a ocupação da Chechênia pela Rússia, tal como os Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, afunda numa espiral de violência que ninguém consegue prever quando terá o seu fim.



Para acompanhar cronologicamente os conflitos na região, siga o link abaixo!

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2004/09/13/004.htm